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SEGUNDO UOL

Milhões do orçamento secreto enviados por Fávaro favorecem Eraí

Além de financiadora dos seus projetos políticos, a família Maggi foi a responsável por aproximar Fávaro de Lula (PT)

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POLÍTICA

Ministro balança no cargo exatamente pela priorização de Mato Grosso em áreas que não seriam prioritárias nem mesmo para o próprio estado.

Não é à toa que o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), tem pedido insistentemente ao Governo Federal que retire o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) das Carlos Fávaro (PSD).

Depois que chegou na cadeira de chefe do MAPA, Fávaro firmou vários convênios, se valendo inclusive do famigerado orçamento secreto, tão criticado durante o Governo Bolsonaro, e tem beneficiado municípios pequenos de Mato Grosso com volumes enormes de dinheiro público.

Em alguns deles, todavia, existem diversas fazendas de Eraí e Blairo Maggi, em depoimento na CPI do MST, chama de ‘amigos e padrinhos’. Além de financiadora dos seus projetos políticos, a família Maggi foi a responsável por aproximar Fávaro de Lula (PT) e lhe cavar o espaço de ministro.

Convênios

A Prefeitura de Jangada (75 km de Cuiabá) recebeu, recentemente, R$ 22,9 milhões. Esse é o segundo grande repasse de Fávaro à cidade nesse ano. Em julho, enquanto ocupava a cadeira de senador, ele enviou R$ 28,7 milhões ao município, em emenda PIX

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Chama a atenção o montante somado de 51,6 milhões dos repasses, já que a cidade, conhecida como “Capital do Pastel”, tem apenas 8.409 habitantes. O repasse agora de R$ 22,9 milhões do Ministério da Agricultura chega ao município com destinação para a melhoria de estradas vicinais, mas os R$ 28,7 milhões de emenda Pix não têm destinação definida previamente.

Outros repasses milionários

No começo deste mês, o Palácio do Planalto teria repreendido o ministro da Agricultura após a divulgação de que ele havia destinado, no fim de junho, R$ 127 milhões em emendas para algumas cidades de Mato Grosso, entre elas Canarana e Campo Verde, beneficiando fazendas de padrinhos políticos.

O valor teria sido destinado, segundo informou recentemente o UOL, à manutenção e recuperação de estradas que atendem diretamente às fazendas de Eraí Maggi. Em Canarana, que recebeu a maior quantia, foram destinados R$ 26,3 milhões para um dos trechos da obra prevista para atravessar a Fazenda Cocal, que pertence à empresa do aliado.

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Já em Campo Verde, para onde foram destinados R$ 20,9 milhões, o principal trecho da obra sai da Fazenda Fartura, do grupo Bom Futuro, e leva às fazendas Filadélfia e Galheiros, que também pertencem ao grupo de Eraí.

Outra cidade beneficada com o reforço de orçamento para investimento na logística foi Matupá, com R$ 25,1 milhões. Esse dinheiro faz parte das extintas emendas do orçamento secreto, que foram consideradas inconstitucionais pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2022.

Parte do montante em emendas previsto no Orçamento de 2023 foi transferida para os ministérios com o objetivo de financiar programas. Fávaro atravessa uma crise política e seria o atual ministro que mais balança no cargo.

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POLÍTICA

Abílio anuncia fim da distribuição de marmitas a moradores de rua

O gestor vai orientar entidades religiosas e associações que acolhem estas pessoas para que também tomem a mesma atitude

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Ao lado de outras autoridades, Abílio foi visitar pontos da cidade que são pontos de aglomerações de pessoas sem teto. Foto - Luis Vinicius/Olhar Direto

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou nesta sexta-feira (17) que irá acabar com a entrega de marmitas a pessoas em situação de rua na capital e irá proibir que instituições e voluntários façam doações de alimentos para a mesma finalidade.

A medida deve começar a valer em dois meses com o fim do contrato com uma empresa que fornece as marmitas. A contratação havia sido firmada na gestão anterior, do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

O gestor vai orientar entidades religiosas e associações para, quando acolherem estas pessoas, a direcionarem estes indivíduos a um local específico que está sendo estruturado, mas sempre com a disposição de não incentivar que sigam nas ruas.

“A gente vai estabelecer um local de refeição, o restaurante popular, o restaurante lá do Centro de Apoio que nós vamos desenvolver”, explicou Abilio, detalhando que o espaço em questão terá assistente social e profissionais de saúde, inclusive para encaminhamento de exames.

Brunini, que também falou em auxiliar que essas pessoas consigam ter meios de retornar à cidade de origem, argumentou ainda que as pequenas comunidades de moradores de rua existentes na área central e em outras regiões acabam permitindo que várias práticas ilícitas progridam.

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“Tem pessoas facilitando a situação para que elas permaneçam aqui. Nós encontramos ali até produtos como relógios e outros utensílios. Como você vai saber qual é a forma que essas pessoas estão conseguindo captar os recursos delas para poder consumir as drogas?”, pontuou, citando que instalará câmeras em locais estratégicos para identificar traficantes que abastecem as ‘cracolândias’.

A opinião e ação do prefeito, entretanto, está longe de ter apoio maciço. O desembargador do Tribunal de Justiça Orlando Perri foi junto de Abílio em uma visita ao ponto de ocupação próximo à Rodoviária de Cuiabá e o Beco do Candeeiro, no Centro Histórico.

O magistrado comentou à imprensa, contudo, que é contra a ideia de não distribuir alimentos. “Lamentavelmente, eu discordo do prefeito. Não é por esta via, cortando a alimentação desse povo, que nós vamos tirá-lo desse território. Absolutamente (…) Nós não vamos conseguir êxito de tirar essas pessoas daqui suprimindo as necessidades delas (…) Não pense que nós vamos conseguir tirá-los desse modo. A motivação para tirá-los da situação de rua tem que ser outra, e não compulsoriamente (…) Não podemos continuar trabalhando nos efeitos do problema. Nós temos que atacar as causas das drogas”, opinou.

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