CORRIDA PELA CÂMARA FEDERAL
Pesquisa mostra Emanuelzinho e Medeiros na frente em Cuiabá e VG
O jovem parlamentar do MDB e o bolsonarista do PL já possuem a garantia de estarem em legendas que fatalmente alcançarão o quociente
POLÍTICA

Os atuais deputados federais por Mato Grosso, Emanuelzinho (MDB) e José Medeiros (PL), ambos pré-candidatos à reeleição, foram os nomes mais lembrados pelos eleitores cuiabanos em uma nova rodada de pesquisas de intenção de voto da Percent, feita em parceria com a TV Cuiabá e o site O Documento.
O filho do prefeito da capital, Emanuel Pinheiro, que voltou ao partido do pai em 2022, onde também já tinha militou no passado, alcançou 5,1% da preferência popular em amostragem colhida em Cuiabá e Várzea Grande. Em segundo lugar, figura Medeiros, um dos mais reconhecidos com a pauta bolsonarista no estado, com 3,4% das lembranças dos entrevistados.
Tirando por base os números, tanto Medeiros quanto Emanuelzinho, até pelo poderio dos partidos que se encontram – que não terão qualquer problema em alcançar a quociente eleitoral – tendem a se reeleger no dia 2 de outubro.
A votação do jovem emedebista deve seguir, como não dava pra ser diferente, sendo amplamente majoritária dentro do maior colégio eleitoral do estado, todavia, Pinheiro conseguiu ampliar e construir bases eleitorais no interior com sua atividade parlamentar, nos últimos quatro anos.
Já Medeiros, segundo mais votado de 2018, com mais de 82 mil votos, deve repetir boas votações na capital e em Rondonópolis, sua principal base eleitoral, e contabilizar apoios por praticamente todas as regiões do estado. Há quatro anos, o bolsonarista teve votos em todos os 141 municípios.
A pesquisa trouxe uma “surpresa” em seus números. Trata-se do ex-comandante da Polícia Militar, Coronel Assis (União Brasil). Sem nunca ter disputado qualquer cargo eletivo, Assis, que deve disputar pelo União Brasil – UB, partido do governador, Mauro Mendes (UB), cravou 2,2% de preferência popular
Com 2% das citações, outros três nomes se destacaram na Percent. São eles: Nelson Barbudo (PL), que foi o mais votado de 2018 com surpreendentes 126.249 votos, Sargento Joelson (Cidadania) e Carlos Bezerra (MDB).
A deputada federal, Rosa Neide (PT), abocanhou 1,5%, seguida por Fábio Garcia (União Brasil), Gisela Simona (União Brasil) e Coronel Fernanda (PL), ambos lembrados por 1% dos entrevistados.
Metodologia
A Percent aplicou a técnica “survey de opinião” com 1.000 entrevistados por telefone em Cuiabá e Várzea Grande. A coleta de dados se deu entre os dias 27 de abril a 3 de maio. A margem de erro de é 3,10% para mais ou para menos. Seguindo os ditames da Lei Eleitoral, a pesquisa foi devidamente registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral sob o número MT-06721/2022.

POLÍTICA
Pátio e Mauro se revoltam com ações de socorro econômico de Bolsonaro
Elevação do Auxílio-Brasil para R$ 600, voucher de R$ 1.000,00 para caminhoneiros e outras medidas irritaram governador e prefeito

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) e o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (PSB), cada dia mais próximos e trocando “carícias verbais” na imprensa, detonaram o Congresso Nacional e o Governo de Jair Bolsonaro (PL) pela aprovação da PEC 01/2022, que abriu, nesta semana, R$ 40 bilhões de créditos no orçamento da União para conceder aumento ao programa Auxílio Brasil e outros benefícios sociais.
Para o governador, não passa de “mais uma medida eleitoreira”, em virtude de ter sido aprovada a apenas três meses das eleições. “É muito ruim você ver o governo federal, nas vésperas de eleição, não só o Executivo, mas todo o Congresso, pensando apenas num jeito de ganhar um ‘votinho’. Isso é muito ruim, isso quebra a sociedade brasileira, isso quebra o nosso país, quebra o nosso estado. Ou você faz um trabalho sério, honesto, verdadeiro, ou a gente vai pro buraco”, afirmou Mauro, em entrevista nesta sexta-feira (1º), causando estranheza, sobretudo após o próprio Bolsonaro surgir publicamente para dizer que caminhará lado a lado ao gestor estadual nas eleições 2022.
Entre as medidas aprovadas, dentro de um pacote de “socorro econômico”, para minimizar sobretudo efeitos da pandemia, está previsto reajuste de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família), aumento de R$ 53 para R$ 120 do vale-gás, criação do auxílio-caminhoneiro de R$ 1 mil e criação de um auxílio para taxistas, com custo de R$ 2 bilhões.
Para Mauro, que não costuma colocar a população mais carente como pauta de suas ações, o momento é o pior possível, pois o Governo Federal está sem capacidade para investimentos e, ainda assim, amplia a assistência social. “Eu sempre critiquei e vou continuar criticando medidas eleitoreiras, medidas de cunho eleitoral sem planejamento, sem lastro na capacidade real, sem lastro numa política pública de médio e longo prazo. O governo federal hoje não consegue fazer nada de investimento”, atacou o governador.
Mauro, na verdade, está em uma espécie de “guerra fria” com Bolsonaro desde que o presidente conseguiu aprovar no mesmo Congresso Nacional, nos últimos dias, um teto máximo de 17% ao ICMS, imposto estadual que representa próximo de 90% da sua arrecadação. Mendes terá que reduzir em 6%, por exemplo, a incidência tributária sobre a gasolina e, ao todo, perderá mais de R$ 1 bilhão de recursos que recolheria do bolso do cidadão.
Mendes até foi orientado a segurar os ataques a Bolsonaro em virtude do ano eleitoral, todavia, o governador se sente absoluto e diante da inércia da oposição em lançar um nome competitivo não vê mais necessidade de ter o apoio do presidente para garantir sua reeleição e decidiu “chutar o balde” e vem chamando de “manobra” todas as recentes atitudes do mandatário nacional.
“Se tivesse feito esse planejamento lá atrás, em 2021, aprovado pra esse ano, eu não estaria fazendo essa fala. Agora, de última hora, 3 meses antes da eleição, é achar que o povo é bobo também, né. O povo não é bobo. Hoje em dia o cidadão eleitor está muito esperto (…) O que salva esse país é um trabalho sério, honesto e competente. Fora disso, é papagaiada, é medida eleitoreira”, esbravejou o governador.
Já o prefeito Zé do Pátio (PSB), que comanda a maior cidade do interior de Mato Grosso, também tratou de criticar. O que chamou atenção, contudo, é que Pátio, defensor assíduo de Lula (PT), principal ameaça ao projeto de reeleição de Bolsonaro, teve muito mais cuidado de criticar do que o próprio Mendes, que se diz aliado bolsonarista.
“Não posso aqui deixar de colocar uma dúvida no ar, com esses projetos de emenda constitucional que estão acontecendo em Brasília. Que na minha opinião está comprometendo a receita dos municípios e pode comprometer sim os interesses da sociedade mato-grossense neste momento. Nós não podemos fazer demagogia por dinheiro com a receita dos municípios. E isso está acontecendo (…) Estamos vendo algumas atitudes em Brasília que têm que ser questionadas”, sinalizou Pátio, sem utilizar palavras mais fortes, feito o governador.
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