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Prefeito decide investir quase meio milhão pra contratar shows em MT
O modelo de contratação da “prestação de serviços”, assim como tem sido praxe, utilizará lacunas da pandemia, dispensando licitação
POLÍTICA

O jovem prefeito de segundo mandato, Léo Bortolin (MDB), que chegou a ser cotado pra disputar a Assembleia Legislativa de Mato Grosso ou até mesmo a vice-governadoria, em 2022, decidiu abrir os cofres para o aniversário de Primavera do Leste, nesta semana.
Com o devido respaldo da maioria dos vereadores locais, que aprovaram os gastos, Léo decidiu “queimar” quase R$ 500 mil em três shows nacionais para rechear a agenda de festividades na cidade, contemplando o gosto do majoritário público sertanejo, mas também a turma do rock.
O modelo de contratação da “prestação de serviços”, assim como tem sido praxe, utilizará lacunas da pandemia, dispensando a rigorosidade de licitações mais tradicionais, para a ativação de modelos diretos de investir recursos públicos.

Postagem do prefeito nas redes sociais, ressaltando eventos
A tradicional banda Titãs se apresenta na semana e levará só ela R$ 193 mil de recursos públicos dos primaverenses. A dupla sertaneja João Neto e Frederico levará outros R$ 150 mil, enquanto Humberto e Ronaldo receberão R$ 140 mil, totalizando R$ 383 mil.
Na tabela de gastos ainda será agregado custos com segurança, adequação do ambiente, sanitários e outros tantos que elevarão os valores pra próximo da casa do milhão. Bortolin, aliás, é conhecido por gostar de festividades do tipo.
Na fase mais aguda da pandemia, o prefeito participou de um polêmico “camarote” montado durante uma live de Gusttavo Lima na cidade. Mesmo com a exigência de exames para adentrar ao evento, coincidência ou não, várias pessoas que estavam no recinto foram contaminadas e surgiram com COVID-19, dias depois.
O próprio promotor do evento teve seu caso agravado e passou por momentos difíceis em um tratamento intensivo contra o vírus no vizinho estado de Goiás.

POLÍTICA
Apressado, trio já se engalfinha por comando da ALMT em 2023
A ironia é que a própria Janaína é a atual vice-presidente reeleita da Casa e entende que seu nome no comando seria alternar o poder.

A confiança na reeleição no pleito eleitoral de outubro é tão grande, que os atuais deputados estaduais, Max Russi (PSB), Eduardo Botelho (UB) e Janaína Riva (MDB) já travam uma batalha pesada nos bastidores visando o comando da próxima mesa diretora, a partir de janeiro de 2023.
A tensão atrás das cortinas, aliás, é tanta, que a Janaína externou, recentemente, a queda de braço e alfinetou o atual presidente, Eduardo Botelho, que recentemente retornou ao cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, isto porque já está em seu terceiro biênio como comandante da mesa diretora.
Em entrevista à Rádio Metrópole FM, Janaína foi dura ao dizer que a Assembleia “não tem dono” e que o seu comando precisa ser democrático. “Nós temos que acabar com esse coronelismo na Assembleia. Se Botelho e Max estão achando que vão ficar se perpetuando no poder, estão muito enganados. Porque eu não vou aceitar e os deputados não vão”, afirmou.
No seguimento da entrevista, a deputada foi pega na contradição, em virtude do pai, José Riva, ter ficado 20 anos no comando do parlamento e assumiu que o pai foi um dos “donos da ALMT”, teve que fazer uma crítica indireta familiar, mas reiterou que esse tipo de coisa acabou.
“Meu pai foi dono da Assembleia como outros foram. […] E hoje nós temos uma legislação, que poderia até ter o nome de ‘Lei Riva’, que proíbe a troca de cargos entre primeiro-secretário e presidente. Essa legislação é extremamente importante para Assembleia parar de ter dono”, citou, referindo-se a manobra que era executada no passado pelo pai, que mantinha sempre o mesmo grupo no poder.
A emedebista mostrou estar obcecada pela gestão e disse que não aceitará que deputados tentem derrubar a legislação para se favorecer, ameaçando levar o povo pra dentro do plenário para fazer pressão nos colegas. Ela adiantou que fará oposição à Mesa Diretora, caso a intenção seja o seguimento dos mesmos.
A ironia é que a própria Janaína é a atual vice-presidente reeleita da Casa de Leis e entende que seu nome no comando seria alternar o poder.
Botelho reage
Como não poderia deixar de ser, Botelho reforçou que quem instituiu o modelo atual de comando do legislativo foi José Riva. “Quem criou isso dentro da Assembleia foi o pai dela. O Riva foi quem transformou a eleição de presidente, quem criou a reeleição. Agora é fácil [ela] falar, já usufruiu de tudo”, afirmou o atual presidente, em entrevista à TV Cidade Verde.
Em outro momento, o deputado cutucou novamente Janaína e disse que “acabou o negócio de acertinho”, reforçando que cada deputado decide a própria vida, criticando a preocupação antecipada da deputada, já que não se sabe sequer quem serão os 24 a estar no parlamento em 2022.
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