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NEGOCIAÇÃO COM O MP

Prefeitura e Câmara prorrogam prazo da nova lei da insalubridade

O consenso prevê que o município apresente um relatório técnico até janeiro de 2026 definindo e o grau de exposição dos profissionais

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POLÍTICA

Além da questão da insalubridade, o prefeito anunciou o início do pagamento do Prêmio Saúde nesta sexta-feira (17)

A Prefeitura e a Câmara Municipal de Cuiabá chegaram a um entendimento que garante a prorrogação do prazo para aplicação da nova lei que trata dos percentuais de insalubridade dos servidores da saúde. O acordo foi firmado durante reunião realizada nesta quinta-feira (16) no Ministério Público Estadual (MPE-MT), com a presença do prefeito Abílio Brunini (PL), da presidente do Legislativo, vereadora Paula Calil (PL), de representantes sindicais e de membros do Ministério Público.

O consenso prevê que o município apresente um relatório técnico atualizado, com base nos Laudos Técnicos das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), documento que define o grau de exposição dos profissionais e servirá de referência para o novo cálculo das faixas percentuais. O prazo para conclusão e apresentação dos laudos foi estendido até janeiro de 2026.

Durante o encontro, as autoridades reforçaram o papel de mediação da Câmara no diálogo entre os poderes e as categorias. “A Câmara cumpre seu papel de escuta e de construção coletiva. Nosso compromisso é assegurar transparência e defender o servidor público cuiabano”, afirmou a presidente Paula Calil, ao avaliar a reunião como positiva.

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O prefeito Abílio Brunini também destacou a importância do acordo e disse que a medida evita riscos jurídicos e garante tempo hábil para a adequação da folha. “A reunião foi muito produtiva. A Câmara votou o projeto que dá segurança à gestão e ao servidor. O Ministério Público sinalizou favoravelmente à prorrogação por 70 dias, e agora trabalharemos com base nos laudos para ajustar a lei”, explicou.

A secretária municipal de Saúde, Danielle Carmona, informou que a sanção da lei deve ocorrer imediatamente e que, com o consenso firmado, não há mais indicativo de greve. “A categoria foi ouvida e houve acordo. A partir de outubro o pagamento será feito conforme o novo cálculo”, disse.

Representantes dos sindicatos também aprovaram a medida, avaliando que o novo prazo permitirá uma revisão mais justa e técnica. “A dilação atende ao desejo da classe, porque os estudos vão definir quem tem direito a cada percentual, de forma transparente e correta”, pontuou Luciene de Oliveira, presidente interina do Sinodonto.

Além da questão da insalubridade, o prefeito anunciou o início do pagamento do Prêmio Saúde nesta sexta-feira (17) e o envio de um novo projeto de lei à Câmara na próxima semana, com ajustes definitivos à política de valorização dos servidores.

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A reunião contou com a presença de promotores do MPE, secretários municipais e representantes das categorias da saúde, e foi considerada um passo importante para garantir segurança jurídica, previsibilidade e estabilidade no serviço público da capital.

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POLÍTICA

Cira bloqueia R$ 379 milhões de grupo do setor de etanol

O grupo acumula mais de R$ 470 milhões em débitos com o estado e a decisão judicial busca assegurar ressarcimento dos cofres públicos

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A empresa é investigada por montar um esquema de blindagem patrimonial e fraude estruturada para sonegar tributos

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira-MT) obteve na justiça o bloqueio de R$ 379,5 milhões em bens, imóveis e ativos financeiros de um grupo empresarial do setor de etanol. A empresa é investigada por montar um esquema de blindagem patrimonial e fraude estruturada para sonegar tributos.

A decisão judicial, que está sob segredo de justiça, busca assegurar com as medidas adotadas o ressarcimento dos cofres do estado. O grupo acumula mais de R$ 470 milhões em débitos com o Estado de Mato Grosso e cerca de R$ 639 milhões em obrigações fiscais federais.

As investigações foram realizadas pela Coordenadoria de Inteligência da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MT), que utilizou rastreamento financeiro, cruzamento de dados societários, análise de registros patrimoniais e transações imobiliárias. O trabalho revelou uma estrutura jurídica supostamente criada para dificultar a cobrança de tributos e atrapalhar as investigações.

“Essa é uma resposta firme do Estado contra estratégias ilegais de ocultação de patrimônio. A investigação mostrou que o grupo concentrava dívidas em uma única empresa operacional, enquanto o patrimônio era transferido para outras empresas do mesmo grupo, com o objetivo de esconder os bens. Esse tipo de fraude prejudica a justiça fiscal e a concorrência leal”, afirmou o coordenador de Inteligência da PGE-MT, procurador Wilmer Cysne Prado Vasconcelos Neto.

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O delegado titular da Delegacia Fazendária, Walter de Melo Fonseca Júnior, destacou que o grupo é considerado devedor contumaz. “Utilizava estruturas jurídicas para esconder patrimônio e evitar o cumprimento da lei. A atuação do Cira-MT mostra que o combate aos crimes contra a ordem tributária exige investigação financeira e enfrentamento de esquemas empresariais sofisticados. Esse resultado reforça o compromisso com a proteção do interesse público.”

A promotora de Justiça Anne Karine Louzich Hugueney Wiegert, Secretária-Geral do Cira-MT, destacou a relevância da atuação conjunta dos órgãos públicos no combate à sonegação fiscal. “Sem dúvida, essa estrutura de trabalho, por meio de um Comitê Interinstitucional, favorece a sinergia dos órgãos e instituições, e torna a recuperação de créditos fiscais de titularidade do Estado ainda mais eficaz. Nosso papel, enquanto comitê, é demonstrar que o Estado está preparado para enfrentar práticas que lesam os cofres públicos”, apontou.

O Cira-MT é formado por representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Controladoria-Geral do Estado (CGE), Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp/PJC-Defaz) e Secretaria de Fazenda (Sefaz). O Comitê atua no combate a grandes esquemas de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio.

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