MULTIDÃO VERDE E AMARELA
Valdemiro e direita de MT comandam "Marcha Para Jesus"
O evento não ocorria há dois anos devido à pandemia da covid-19 e reuniu milhares de cristãos, de dentro e de fora do estado
POLÍTICA

A ausência do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi sentida, mas não o suficiente para esvaziar a “Marcha para Jesus 2022”, que recheou várias das principais ruas de Cuiabá, neste sábado (18), de fiéis, que se confundiam com a tradicional militância “verde e amarelo” que simboliza a direita que apoia o atual Governo Federal.
O evento não ocorria há dois anos devido à pandemia da covid-19 e reuniu milhares de cristãos, de dentro e de fora do estado. No microfone, guiando a multidão pela maior parte do tempo, esteve o apóstolo Valdemiro Santiago, conhecido por seus vários programas na TV e pelo seu ministério, que extrapola as fronteiras do Brasil.
Fiéis saíram da Avenida Mato Grosso, por volta das 15 horas, e caminharam até o Parque de Exposições da Acrimat, localizado na avenida Beira Rio, no Porto. Após percurso, os fiéis presenciaram vários shows nacionais gospel, que estendeu o louvor até mais tarde.

Deputado federal Medeiros enalteceu multidão presente
O apóstolo Valdemiro Santiago foi o responsável por acompanhar o pessoal durante todo o trajeto. No caminho fez pregações e destacou a importância de Mato Grosso para o país. Ele esteve acompanhado no trio elétrico, em boa parte do tempo, pelo deputado federal e vice-líder de Bolsonaro na Câmara Federal, José Medeiros (PL).
Também marcaram presença outras lideranças, como o atual senador e pré-candidato à reeleição, Wellington Fagundes (PL), que tenta construir um rótulo bolsonarista, até por estar no mesmo partido do presidente, mas ainda tem dificuldades com a aceitação do público.
Outro que marcou presença foi o suplente de senador, atualmente em mandato, Fábio Garcia (UB), que é pré-candidato a deputado federal, apresenta-se como de centro-direita, mas também tem o nariz torcido da militância bolsonarista.

Valdemiro comandou a multidão durante o percurso
Logo no início da caminhada, Valdemiro desceu do carro de som e foi cumprimentar os fiéis, que aguardavam pela sua presença no evento. Cantores e representantes religiosos seguiram com o apóstolo até a Avenida Beira Rio. No local, as pessoas se encaminharam para a Acrimat.
“Uma festa maravilhosa. Muita gente, em defesa dos valores cristãos, em defesa da família e por amor a Jesus”, ressaltou o deputado federal José Medeiros, que acompanhou a marcha em cima do carro de som.
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POLÍTICA
Pátio e Mauro se revoltam com ações de socorro econômico de Bolsonaro
Elevação do Auxílio-Brasil para R$ 600, voucher de R$ 1.000,00 para caminhoneiros e outras medidas irritaram governador e prefeito

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) e o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (PSB), cada dia mais próximos e trocando “carícias verbais” na imprensa, detonaram o Congresso Nacional e o Governo de Jair Bolsonaro (PL) pela aprovação da PEC 01/2022, que abriu, nesta semana, R$ 40 bilhões de créditos no orçamento da União para conceder aumento ao programa Auxílio Brasil e outros benefícios sociais.
Para o governador, não passa de “mais uma medida eleitoreira”, em virtude de ter sido aprovada a apenas três meses das eleições. “É muito ruim você ver o governo federal, nas vésperas de eleição, não só o Executivo, mas todo o Congresso, pensando apenas num jeito de ganhar um ‘votinho’. Isso é muito ruim, isso quebra a sociedade brasileira, isso quebra o nosso país, quebra o nosso estado. Ou você faz um trabalho sério, honesto, verdadeiro, ou a gente vai pro buraco”, afirmou Mauro, em entrevista nesta sexta-feira (1º), causando estranheza, sobretudo após o próprio Bolsonaro surgir publicamente para dizer que caminhará lado a lado ao gestor estadual nas eleições 2022.
Entre as medidas aprovadas, dentro de um pacote de “socorro econômico”, para minimizar sobretudo efeitos da pandemia, está previsto reajuste de R$ 400 para R$ 600 do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família), aumento de R$ 53 para R$ 120 do vale-gás, criação do auxílio-caminhoneiro de R$ 1 mil e criação de um auxílio para taxistas, com custo de R$ 2 bilhões.
Para Mauro, que não costuma colocar a população mais carente como pauta de suas ações, o momento é o pior possível, pois o Governo Federal está sem capacidade para investimentos e, ainda assim, amplia a assistência social. “Eu sempre critiquei e vou continuar criticando medidas eleitoreiras, medidas de cunho eleitoral sem planejamento, sem lastro na capacidade real, sem lastro numa política pública de médio e longo prazo. O governo federal hoje não consegue fazer nada de investimento”, atacou o governador.
Mauro, na verdade, está em uma espécie de “guerra fria” com Bolsonaro desde que o presidente conseguiu aprovar no mesmo Congresso Nacional, nos últimos dias, um teto máximo de 17% ao ICMS, imposto estadual que representa próximo de 90% da sua arrecadação. Mendes terá que reduzir em 6%, por exemplo, a incidência tributária sobre a gasolina e, ao todo, perderá mais de R$ 1 bilhão de recursos que recolheria do bolso do cidadão.
Mendes até foi orientado a segurar os ataques a Bolsonaro em virtude do ano eleitoral, todavia, o governador se sente absoluto e diante da inércia da oposição em lançar um nome competitivo não vê mais necessidade de ter o apoio do presidente para garantir sua reeleição e decidiu “chutar o balde” e vem chamando de “manobra” todas as recentes atitudes do mandatário nacional.
“Se tivesse feito esse planejamento lá atrás, em 2021, aprovado pra esse ano, eu não estaria fazendo essa fala. Agora, de última hora, 3 meses antes da eleição, é achar que o povo é bobo também, né. O povo não é bobo. Hoje em dia o cidadão eleitor está muito esperto (…) O que salva esse país é um trabalho sério, honesto e competente. Fora disso, é papagaiada, é medida eleitoreira”, esbravejou o governador.
Já o prefeito Zé do Pátio (PSB), que comanda a maior cidade do interior de Mato Grosso, também tratou de criticar. O que chamou atenção, contudo, é que Pátio, defensor assíduo de Lula (PT), principal ameaça ao projeto de reeleição de Bolsonaro, teve muito mais cuidado de criticar do que o próprio Mendes, que se diz aliado bolsonarista.
“Não posso aqui deixar de colocar uma dúvida no ar, com esses projetos de emenda constitucional que estão acontecendo em Brasília. Que na minha opinião está comprometendo a receita dos municípios e pode comprometer sim os interesses da sociedade mato-grossense neste momento. Nós não podemos fazer demagogia por dinheiro com a receita dos municípios. E isso está acontecendo (…) Estamos vendo algumas atitudes em Brasília que têm que ser questionadas”, sinalizou Pátio, sem utilizar palavras mais fortes, feito o governador.
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