O VÍRUS CHEGOU
Exames confirmam dois casos de varíola dos macacos em MT
Dois infectados são de Cuiabá. Existem ainda dois casos suspeitos em Várzea Grande, três em Rondonópolis e um em Sorriso.
SAÚDE

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou os dois primeiros casos de varíola dos macacos em Mato Grosso. Os dois pacientes vivem em Cuiabá e aguardavam desde a semana passada os resultados dos exames, que foram entregues, nesta sexta-feira (5).
Os infectados são homens, um de 39 e outro de 40 anos. Ambos estiveram recentemente na região Sudeste do país, onde já existem casos de transmissão comunitária da doença, isto é, mesmo pessoas que não saíram do Brasil e contraíram o vírus monkeypox.
Segundo a SES, ainda estão em investigação outros seis casos suspeitos em todo o estado: dois em Várzea Grande, três em Rondonópolis e um em Sorriso.
As amostras colhidas dos pacientes para realização dos exames são encaminhadas para o Laboratório de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen-MT) e, posteriormente, repassadas para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), unidade de referência nacional.
Os principais sintomas da doença são linfonodos inchados, lesões na pele, febre, dor de cabeça, dores musculares e dores nas costas. A recomendação das autoridades sanitárias é que diante destes sintomas, deve-se procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Para se prevenir da doença, as recomendações são semelhantes àquelas adotadas para evitar o coronavírus: distanciamento social e higienização constante das mãos. Além disso, recomenda-se evitar tocar em lesões na pele ou compartilhar objetos com pessoas infectadas.

SAÚDE
Rondonópolis monitora caso suspeito de varíola dos macacos
paciente é um homem de 45 anos que esteve recentemente no Rio de Janeiro. Ele está em isolamento até o desaparecimento das lesões

A Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, informou, nesta semana, que monitora um caso suspeito de varíola dos macados, também conhecida como monkeypox.
O paciente é um homem de 45 anos que esteve recentemente no Rio de Janeiro. Ele está em isolamento até o desaparecimento completo das lesões – ou seja, por volta de 21 dias.
Segundo o município, ele já teve material coletado para exames, que será feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). O resultado deve sair em até sete dias.
Capital
Cuiabá tem dois casos suspeitos da doença e aguarda resultados de exames. Os pacientes têm 34 e 29 anos e também estão isolados, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
INFORMAÇÕES
A varíola dos macacos é uma doença rara causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, que costuma estar presente em roedores. A varíola dos macacos pode ser transmitida de pessoa para pessoa, através do contato próximo e prolongado, e causar sintomas como calafrios, dor muscular e nas costas, cansaço excessivo e aparecimento de bolhas e feridas na pele, que podem coçar ou serem doloridas.
Os primeiros casos de varíola dos macacos, ou varíola símia, foram identificados em 1958 em um grupo de macacos, o que deu origem ao nome da doença, apesar de o vírus ser mais comum em roedores. Já o primeiro caso em pessoas foi identificado em 1970. Na presença de sinais e sintomas indicativos de varíola dos macacos, é importante ir ao hospital para confirmar o diagnóstico, prevenir a transmissão para outras pessoas e iniciar o tratamento, que geralmente inclui o uso de remédios para aliviar os sintomas.
Sintomas da varíola dos macacos
Os primeiros sintomas da varíola dos macacos são:
- Bolhas e feridas na pele, que coçam e doem;
- Febre;
- Calafrios;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular;
- Cansaço excessivo,
- Dor nas costas.
Estes sintomas costumam surgir cerca de 5 a 21 dias após o contato com o vírus, e duram entre 14 a 21 dias. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto e mucosa oral, espalhando-se depois para o resto do corpo e atingindo, principalmente, as extremidades, como a palma das mãos. Em alguns casos, pode também surgir bolhas e feridas na região genital.
Como acontece a transmissão
A varíola dos macacos pode se transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato com secreções respiratórias que são liberadas ao tossir ou falar por exemplo, mas para que o vírus consiga ser transmitido dessa forma é preciso que as pessoas estejam muito próximas durante muito tempo.
Além disso, a transmissão também pode acontecer por meio do contato direto com as secreções das bolhas e feridas causadas pelo vírus da varíola dos macacos, ou por meio do contato com objetos contaminados. A presença de lesões na região genital também aumenta o risco de transmissão da varíola dos macacos através da relação sexual.
A transmissão desse tipo de varíola de animais para pessoas também pode acontecer, sendo possível através da mordida de roedores infectados, consumo de carne mal cozida de animais infectados e/ou contato com secreções ou sangue de animais infectados.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da varíola dos macacos pode ser feito pelo infectologista ou clínico geral por meio da avaliação do histórico de saúde e sintomas apresentados. Para confirmar a doença, é normalmente realizada a coleta da secreção da ferida, que é analisada em laboratório, por meio do teste de PCR, com o objetivo de identificar o vírus responsável pela doença.
Como é feito o tratamento
Normalmente não é necessário realizar tratamento específico para a varíola dos macacos, já que os sintomas da doença costumam desaparecer após algumas semanas. No entanto, em alguns casos, o médico pode indicar o uso de medicamentos para aliviar os sintomas mais rapidamente.
É importante que na presença de sinais e sintomas indicativos de varíola dos macacos, a pessoa vá ao hospital para que seja monitorada e para prevenir a transmissão da infecção, apesar de ser raro.
Existem alguns medicamentos que foram aprovados para o tratamento da varíola “comum”, como o Tecovirimat e o Brincidofovir e que poderiam ser usados em caso de varíola dos macacos. No entanto, como esses medicamentos não foram testados em pessoas doentes, o seu uso é apenas indicado quando existem vários casos, servindo para prevenir e controlar a disseminação da doença.
A varíola dos macacos tem cura?
A varíola dos macacos tem cura e, de forma geral, não é necessário tratamento específico, já que o vírus costuma ser eliminado pelo próprio sistema imunológico depois de cerca de 4 semanas. No entanto, em alguns casos, para acelerar a cura, o médico pode indicar o uso de medicamentos específicos para combater o vírus.
Como prevenir
Para prevenir a varíola dos macacos, é recomendado:
- Evitar o contato próximo com pessoas diagnosticadas com varíola dos macacos;
- Evitar tocar nas bolhas ou entrar em contato com a roupa e objetos de uso pessoal de pessoas que possuem sinais e sintomas de varíola dos macacos;
- Desinfetar e lavar bem as mãos com água e sabão;
- Usar máscaras de proteção.
Além disso, como a doença também pode ser transmitida de animais para pessoas, apesar de raro, é recomendado consumir apenas carnes que foram bem cozidas e evitar o contato com animais silvestres, principalmente roedores, já que podem estar infectados com o vírus da varíola dos macacos ou outros agentes infecciosos.
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