CULPA DO GOVERNO FEDERAL
Mais de 100 cidades de MT estão com falta de vacinas
No Brasil, 65,8% dos municípios passam por esse problema, especialmente em relação às vacinas destinadas às crianças.
SAÚDE
Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostrou que em 102 municípios de Mato Grosso, o que corresponde a 73% das 141 prefeituras, enfrentaram falta de vacinas nos dois últimos meses de 2024. A produção e o envio dos imunizantes são de responsabilidade do Governo Federal.
“A falta de vacinas pode causar incapacidade ou até mesmo levar a mortes de crianças, contribuindo para o aumento da taxa de mortalidade infantil no país. Essa elevação reflete em precárias condições de vida e saúde, além do baixo nível de desenvolvimento social e econômico”, diz trecho do documento.
No Brasil, 65,8% dos municípios passam por esse problema, especialmente em relação às vacinas destinadas às crianças. Os principais imunizantes em falta foram o de covid-19 para adultos, covid-19 infantil, DTP (que combate difteria, tétano e pertussis), meningocócica C e tetraviral (que combate sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
“Nos últimos tempos, o Brasil tem enfrentado alguns surtos de novas doenças, as quais antes não eram identificadas em certas regiões ou até mesmo não existiam no país, além de doenças que já haviam sido eliminadas, e que ainda correm o risco iminente de reintrodução, como a Poliomielite (paralisia infantil). Tal cenário traz de volta o risco de aumento da morbimortalidade infantil em decorrência de doenças imunopreveníveis, em razão das baixas coberturas vacinais”, consta ainda na publicação.
O documento deixa claro ainda a responsabilidade do Governo Federal nessa situação e ressalta a preocupação dos gestores dos municípios. “Essa dissonância entre o discurso oficial do governo federal e a realidade prática nos territórios municipais gera frustração e pressão sobre os gestores, que, além de lidarem com as expectativas da sociedade, enfrentam a falta de insumos essenciais para garantir uma cobertura vacinal eficaz, ou seja, alta e homogênea”.
SAÚDE
Cuiabá vive surto de Dengue, Covid e Chikungunya
A gestão ainda está elaborando os relatórios mais detalhados, mas todas as patologias indicam crescimento estrondoso em comparação a 2023
Com pouco menos de uma semana desde que assumiu como secretária de Saúde de Cuiabá, a médica pediatra Lúcia Helena Sampaio revelou que a capital enfrenta uma epidemia de doenças como dengue, chikungunya e covid.
Segundo a doutora, as patologias tiveram um aumento significativo em 2024, se comparado a 2023, influenciando na situação crítica vivenciada pela população nas unidades de saúde do município.
“No momento, nós estamos em uma fase crítica. Estamos com uma epidemia bastante significativa de dengue, chikungunya e, infelizmente, covid”, afirmou a secretária.
Durante uma visita ocorrida na manhã de terça-feira (7) no antigo Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, ela informou que está fazendo um levantamento nas unidades de saúde e reorganizando os atendimentos.
“Há também muitas patologias de baixa gravidade que poderiam ser atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e é isso que estamos tentando fazer, desafogar as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) com aquilo que pode ser atendido nas Unidades Básicas de Saúde”, acrescentou.
Os casos de covid, por exemplo, foram os mais registrados no último ano se comparado às demais doenças. Um relatório apresentado pela Vigilância Sanitária apontou que 4.347 pessoas apresentaram covid em 2024, sendo que, desse total, pelo menos 36 morreram.
Em relação à dengue, os casos praticamente duplicaram entre 2023 e 2024. Somente no ano passado, foram cerca de 2.480 registros em Cuiabá, em que quatro pacientes morreram. Já em 2023, o número ficou bem abaixo, com 1.349 casos, com uma morte.
Os casos de chikungunya aumentaram mais de 6.500% se comparado a 2023. Naquele ano, foram registrados apenas 13 casos, sendo que nenhum resultou em morte. Já em 2024, aproximadamente 852 pacientes foram afetados pela doença, que provocou duas mortes.
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