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Governo do Brasil estabelece Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade
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A obesidade, assim como a fome, é uma questão social que atinge de forma desigual a população mais vulnerável e demanda abordagens que articulem ações intersetoriais e interseccionais. Diante desse cenário, o Governo do Brasil estabeleceu a Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade. O Decreto nº 12.680 foi publicado, nesta terça-feira (21.10), no Diário Oficial da União.
Para Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, o decreto foi assinado em um momento muito positivo. “No mês em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação, o decreto que institui a nova Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade fortalece o compromisso do Governo do Brasil com a redução da insegurança alimentar e nutricional e todas as formas de má nutrição”, afirma.
O documento indica que a obesidade está relacionada a fatores sociais, que incluem o ambiente alimentar obesogênico, as desigualdades de renda, de escolaridade, a publicidade de alimentos não saudáveis, os estigmas sociais, o racismo estrutural e as políticas urbanas, que com suas lacunas contribuem para o aumento de comportamentos sedentários e deficiências de mobilidade nas cidades.
Os desertos e pântanos alimentares têm se revelado determinante crítico da obesidade em nível populacional, uma vez que influenciam diretamente o acesso e o consumo de alimentos saudáveis, impactando a segurança alimentar e nutricional da população, principalmente entre grupos populacionais em situação de vulnerabilidade.
Rahal defende que a obesidade é mais um dos reflexos dos abismos causados pelas diferenças sociais no país. “Da mesma forma que a fome é fruto da desigualdade social e econômica, a obesidade atinge, de forma desigual, a população mais vulnerabilizada. Por esse motivo, o caminho para enfrentar esse tema envolve a integração e a articulação de vários setores de governo e da sociedade em torno de políticas públicas voltadas à garantia de ambientes alimentares saudáveis e à promoção do direito humano à alimentação adequada”, disse.
A Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade visa deter o aumento da obesidade entre adultos e promover a diminuição da ocorrência dessa condição entre crianças e adolescentes, com atenção especial para populações em situação de vulnerabilidade e risco social.
A proposta foca em ações que incluem a conscientização da população a respeito da importância dos alimentos saudáveis e dos malefícios causados pelos alimentos ultraprocessados, estratégias de produção, acesso, abastecimento e consumo de alimentos adequados e saudáveis. Também abordam a promoção da atividade física, oferta de ações de esporte, lazer e fomento à mobilidade urbana e sustentável, entre outras políticas de segurança alimentar e nutricional.
A Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), no âmbito da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), atualizou e coordenou a instituição da nova Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade: Obesidade como uma questão social e interseccional.
Mapa da obesidade
Segundo dados do World Obesity Federation, em 2022, o Brasil ocupava a 54ª posição no ranking global de obesidade infantil. Projeções indicam que, mantidas as tendências atuais, mais da metade das crianças e adolescentes brasileiros poderá apresentar excesso de peso até 2035. Estima-se que uma em cada três crianças no país já esteja com sobrepeso, com um crescimento anual projetado de 1,8% entre 2020 e 2035.
Em crianças, análises do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), realizadas em 2019, revelaram que, entre as 14.558 avaliadas, a prevalência de excesso de peso em menores de cinco anos no Brasil foi de 10,1%. A faixa etária de 12 a 23 meses apresentou a maior prevalência, com 13,7%. Já a obesidade atingiu 3,0% das crianças menores de cinco anos.
Além disso, dados do estudo realizado a partir das informações da Pesquisa Nacional de Saúde e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), revelaram que as mulheres que se autodeclararam negras apresentaram maiores prevalências de excesso de peso (58,8%) e obesidade (24,5%), em comparação a mulheres brancas. As mulheres negras com mais de um salário-mínimo apresentaram maior prevalência de excesso de peso (59,2%), se comparadas às mulheres brancas com mesma renda.
Saiba mais sobre a Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade aqui
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
BRASIL & MUNDO
Força Nacional atuará em Belo Monte para garantir segurança durante a COP30
O Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) a autorização para o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) na região da Usina Hidrelétrica Belo Monte, com o objetivo de garantir a integridade da infraestrutura energética nacional e a continuidade das operações da usina durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada de 10 a 21 de novembro deste ano, em Belém (PA). Em atendimento ao pedido, o MJSP publicou, na última semana, a Portaria nº 1.049, que estabelece o apoio da FNSP à Polícia Federal, por 90 dias, com atuação episódica e planejada voltada à preservação da ordem pública, à segurança das pessoas e à proteção do patrimônio, em articulação com os órgãos de segurança do estado.
“A atuação da Força Nacional em Belo Monte reforça nosso compromisso com a segurança das infraestruturas e a estabilidade do sistema elétrico. Belo Monte é um símbolo da nossa capacidade de gerar energia limpa e renovável em larga escala, contribuindo para o desenvolvimento de uma transição energética justa e sustentável”, afirma o secretário Nacional de Energia Elétrica, João Daniel Cascalho.
A nova portaria dá sequência à Portaria nº 979/2025, que já previa a presença da FNSP no local, e reforça o compromisso do Governo do Brasil com a proteção das infraestruturas do setor elétrico. A decisão ocorre em um momento de grande visibilidade internacional, com o Brasil sediando um dos mais importantes eventos globais sobre mudanças climáticas, que reunirá representantes de governos, empresas e organizações internacionais.
A Usina Hidrelétrica Belo Monte é a segunda maior do país, com 11.233 megawatts (MW) de potência instalada, ficando atrás apenas de Itaipu Binacional. Desde o início de sua operação comercial, em 2019, a usina já gerou cerca de 201.996 gigawatts-hora (GWh) de energia limpa e renovável, contribuindo para o fortalecimento da matriz elétrica sustentável brasileira e para a transição energética.
A ação conjunta entre os ministérios de Minas e Energia e da Justiça e Segurança Pública reforça a integração entre as políticas setoriais, garantindo condições operacionais seguras e estáveis durante a COP30. A medida também fortalece a governança e a resiliência do setor elétrico nacional, reafirmando o papel do Brasil como liderança mundial na agenda climática e na promoção de uma energia limpa e sustentável.
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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